Principais Notícias desta Sexta-feira, 11

JORNAL DO BRASIL
- Cai a blindagem de Palocci

- Sob crítica de políticos e oposição de colegas, ministro perde força. Admite desgaste, apesar da defesa de Lula: "Ao mirar em Palocci, querem me quebrar." (pág. 1, A2 e A3)

- Palocci cumpriu sua tarefa: avalizar as teses neoliberais que o governo assumiu. A direita não precisa mais dele. (Mauro Santayana, Coisas da Política, pág. 1 e A2)

- Dilma Rousseff é um bom nome para a Fazenda. Mas o governo não terá ânimo para desafiar o mercado. (Paulo Nogueira Batista Jr., pág. 1 e A11)

- O embate entre a Petrobrás e a chefe da Casa Civil. Dilma Rousseff, ganhou mais um capítulo. Dois dias depois de a ex-titular da pasta de Minas e Energia afirmar que o gás natural é barato no Brasil, a estatal informa que vai evitar reajustes. Alega que o preço do combustível está compatível com os custos e o atual patamar do dólar. (pág. 1 e A17)

- Os "empréstimos" de bancos ao PT foram "operações forjadas", conclui relatório preliminar da CPI dos Correios. Texto depende de aprovação do plenário. (pág. 1, A4 e A5)

- Presidente do PMDB, Anthony Garotinho entra em acordo com presidente da Assembléia e abaixa a temperatura da disputa interna do partido no Rio. (pág. 1 e A7)

- No rastro do sucesso da Seleção e do planejamento implantado há cinco anos, o vôlei emplaca quantidade recorde de jogadores em campeonatos estrangeiros. Os mil atletas exportadores desde 2000 se convertem em crescente fonte de receita para a Confederação Brasileira. Na última temporada, as taxas de transferência renderam R$ 1,1 milhão. Portugal, Espanha e Itália são os destinos predominantes. (pág. 1 e A26)

- Fim de ano - 13° salário vai injetar R$ 46 bilhões na economia. (pág. 1 e A19)

- O descompasso da base de cálculo reforça a pressão de moradores e empresários da Zona Sul para a redução do Imposto Predial e Territorial Urbano. A conta da Secretaria de Fazenda segue a Planta Genérica de Valores de 1997. Proporcional às características da cidade há nove anos, desconsidera fatores como a desvalorização imobiliária, a expansão das favelas e o crescimento das áreas de risco. Revelada pelo "JB", a carta-manifesto será entregue hoje a César Maia. Exige, além do IPTU mais barato, o cumprimento de serviços essenciais de saúde e educação, o protesto recebe a adesão de associações da Barra e do Recreio. (pág. 1 e A13)

FOLHA DE SÃO PAULO

- Lula pede fim da crise Dilma-Palocci

- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Antonio Palocci Filho (Fazenda) para repreendê-los pelas críticas trocadas publicamente, Lula pediu unidade no governo e afirmou que não quer "trombadas" entre integrantes da sua equipe nos jornais. A reprimenda ocorreu a pedido de Palocci, que reclamara a Lula das críticas de Dilma à política economia.
O ministro chegou a dizer ao presidente que não sabia se "ajudava o país" ao continuar na Fazenda. Lula, porém, descartou a possibilidade de tirá-lo do cargo. Anteontem, em jantar com senadores do PMDB, Dilma acusou Palocci de "só pensar em superávit primário" e não ter "criatividade e abertura" para discutir outras políticas. O ministro e sua gestão também foram criticados ontem pelo vice, José Alencar, e pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). (pág. 1 e Brasil)

- Leia "Crise dentro da crise", sobre situação do ministro da Fazenda; "Pirataria a bordo", acerca de filme visto por Lula. (Editoriais, pág. 1 e A2)

- Vladimir Poleto, ex-assessor do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), negou em depoimento à Cpi dos Bingos o que disse em gravação para a revista "Veja". Ele confirmou que transportou em um avião Seneca, de Brasília para Campinas, caixas de bebidas, mas negou que elas tivessem dinheiro de Cuba para o PT. Poleto disse que estava bêbado quando deu entrevista. Depois, a revista divulgou a entrevista com Poleto, que foi reproduzida na CPI. Na fita ele fala do dinheiro. A oposição o acusou de mentir. (pág. 1 e A6)

- O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Geraldo Majella Agnelo, afirmou que "é difícil aceitar" que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tivesse conhecimento prévio do esquema de caixa dois e de compra de deputados pelo PT. Dom Geraldo, que comentou entrevista de Lula, criticou o que chamou de "otimismo exagerado" do presidente ao falar do seu governo. (pág. 1 e A10)

- Cerca de 3.500 empresas e pessoas físicas no Brasil começaram a ser processadas, acusadas de sonegação em envio ilegal de dinheiro ao exterior. Os processos fazem parte da "primeira leva" de operação da Receita e da Polícia Federal que se baseia em lista de 10.021 pessoas e empresas acusadas de enviar ilegalmente R$ 3,36 bilhões para fora do país. (pág. 1 e B6)

- Exames de aftosa no PR dão negativo - Ministério da Agricultura enviou ontem resultado, que descarta doença no PR, ao governo do Estado. (pág. 1 e B10)

- A quantidade de multas a motoristas que desrespeitam as regras do rodízio de veículos em São Paulo praticamente dobrou nos primeiros dez meses do governo José Serra. A prefeitura abriu o crescimento das punições à fiscalização eletrônica do rodízio, que flagra veículos que desrespeitam a proibição de circular um dia por semana. (pág. 1 e C1)

O ESTADO DE SÃO PAULO

- Lula comanda operação para segurar Palocci

- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandou ontem uma operação para segurar no cargo o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Ele pediu à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que não faça mais críticas públicas aos planos de ajuste fiscal de longo prazo e de aumento do superávit primário. Em entrevista ao "Estado" publicada anteontem, Dilma chamou de rudimentar o ajuste econômico proposto pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Dilma desculpou-se com Palocci e Bernardo, alegando que se expressou mal: quando falou em "rudimentar", queria dizer "incipiente".
Lula promoveu uma reunião na Granja do Torto com Palocci, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, e o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP). À saída do encontro, Mercadante tentou pôr panos quentes nas divergências: "Não há nenhum tipo de briga. Há um diálogo e uma disputa sobre concepções". Palocci ameaça deixar o governo se tiver que depor em alguma CPI - o que Lula também não aceita. Em meio ao esforço de Lula para reduzir a pressão contra seu ministro da Fazenda (ele chegou a cancelar a viagem que faria hoje à Bahia e ao Espírito Santo), o vice-presidente, José Alencar, criticou duramente Palocci. (pág. 1, A4 e A5)

Frase

"Há situações em que o debate ganha conotação inoportuna, como agora, em que Palocci sofre ataque frontal. O momento é muito delicado". (Senador Aloizio Mercadante (PT-SP), pág. 1)

- Vladimir Poleto, ex-assessor do ministro Antônio Palocci, deu um depoimento desastroso na CPI dos Bingos. Depois de negar, por quase duas horas, ter dado informações sobre o transporte de dólares vindos de Cuba, ele foi obrigado a ouvir a gravação da entrevista dada a repórter da revista "Veja" em que relata os detalhes do transporte. Protegido por habeas-corpus, ele provocou a ira dos senadores. (pág. 1 e A6)

- Relatório parcial da CPI dos Correios considera "uma farsa" a tese de aliados do Planalto de que os recursos recebidos pelo PT foram fruto de empréstimos de R$ 55 milhões feitos às empresas de Marcos Valério de Souza. Uma manobra do governo impediu a votação do documento, que pede o indiciamento de Valério e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, por tráfico de influência, crime de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, fraude em licitação, crime eleitoral por uso de caixa 2 e improbidade administrativa. (pág. 1 e A9)

- O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, decidiu não considerar o pedido do promotor de Justiça americano Adam Kaufmann, que atua em Nova York, de quebra de sigilo bancário do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Mello é o relator do inquérito aberto no tribunal para apurar envolvimento de Meirelles em crimes contra o sistema financeiro e de lavagem de dinheiro. (pág. 1 e A10)

- O governo editou ontem a Medida Provisória 266, liberando R$ 673,62 milhões aos Ministérios de Transportes, de Cidades e da Integração Nacional. Do total, R$ 474,24 milhões irão para obras mais adiantadas. A MP faz parte do esforço do governo para acelerar investimentos no fim de ano, de olho no calendário eleitoral. Anteontem, o governo liberou R$ 1,23 bilhão. (pág. 1, B1 e B3)

- Guerra à austeridade - Um plano fiscal de longo prazo seria um fato de segurança e um recado para investidores. Mas, para ministros mais empenhados na campanha, eleição não combina com interesses de longo prazo. (pág. 1 e A3)

- Casos de maculosa em Minas e ES - Menino de Juiz de Fora está internado; no ES, já houve uma morte. (pág. 1 e A19)

- Justiça - Caso Avestruz tem primeira prisão - Um dos sete sócios da empresa apresentou-se à polícia goiana. (pág. 1 e B11)

O GLOBO

- Lula cobra fim da divergência pública entre Palocci e Dilma

- O presidente Lula interveio na disputa entre os ministros Antonio Palocci (Fazenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil), cobrando o fim das divergências em público. Lula chamou os dois à Granja do Torto e mandou que "baixassem a bola". O Planalto acha que a situação de Palocci, já atingido por denúncias cada vez mais freqüentes nas CPIs, torna-se mais delicada com as críticas de Dilma. A ministra classificou como rudimentar o ajuste fiscal proposto pela equipe econômica. Petistas e até tucanos como Tasso Jereissati defenderam Palocci. O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) reclamou: "É o governo prejudicando o governo", disse ao "Globo". O presidente do Senado, Renan Calheiros, cobrou a ida imediata de Palocci à Casa para esclarecer as acusações. (pág. 1, 3, 4 e 8)

- Vladimir Poleto alegou estar bêbado quando disse ter transportado dólares para o PT. A CPI quer sua prisão. (pág. 1 e 10)

- O PT denunciou o PSDB à Justiça Eleitoral por suspeita de caixa dois na campanha de José Serra em 2002. (pág. 1 e 11)

- Risco de crise fiscal em 2007 originou a disputa. (Míriam Leitão, pág. 1)

- Bancos lucram três vezes mais na era Lula. (Ancelmo Gois, pág. 1)

- O IPCA subiu em outubro para 0,75%, contra 0,35% registrados em setembro. A taxa surpreendeu e foi puxada pelo aumento de preços de alimentos e combustíveis. O índice acumula alta de 4,73% até outubro, enquanto a meta para o ano é de 5,1%. (pág. 1 e 25)

- Vistoria do Detran só com pagamento de multas. (pág. 1 e 19)

CORREIO BRAZILIENSE

- Lula acalma Dilma para segurar Palocci

- Presidente faz reunião de emergência para apartar briga entre Casa Civil e ministro da Fazenda, que também enfrenta ameaça até de aliados de ser convocado a depor em CPI. (pág. 1, 2 a 4)

- Relatório parcial da CPI dos Correios contesta versão de empréstimos ao PT, diz que parte do dinheiro usado no esquema saiu de estatais e lista crimes que teriam sido cometidos por Marcos Valério e Delúbio Soares. (pág. 1 e 7)

- Ele ri, mas o caso é sério - Poleto diz, ao depor em CPI, que estava bêbado quando deu entrevista sobre suposto envio de dólares de Cuba para o PT. Mas cai em contradição e só não é preso por causa de habeas corpus. (pág. 1 e 6)

- EUA querem quebrar sigilo de Meirelles - Promotores de Nova York fizeram o pedido à Justiça brasileira. Objetivo é saber se o presidente do BC fez remessa ilegal de dinheiro ao exterior. (pág. 1 e 13)


ESTADO DE MINAS
- Crise chega a Palocci


O DIA (RJ)
- Militares: 13° pode vir sem o aumento


GAZETA MERCANTIL (SP)
- Previsão é de crescimento maior em 2006


VALOR ECONÔMICO (SP)
- Consumo fraco e câmbio cortam lucro das empresas

Comentários