Colôbia bombardeia Equador e mata civis

Uma esquadrilha de helicópteros da Força Aérea Colombiana bombardeou alvos situados em território do Equador, motivando um protesto do governo deste país.
O governo fascizante de Álvaro Uribe admite que os pilotos podem ter cometido um erro. Na sua tentativa de justificação alega em explicações fantasistas que a área bombardeada é uma zona de fronteira e que os aparelhos pretendiam destruir uma coluna de 150 guerrilheiros das FARC.
Segundo o diário colombiano El Tiempo, fontes militares informaram em Bogotá que a operação foi executava porque o Estado-maior das Forças Armadas acreditava que o comandante Raul Reyes e outros membros do secretariado das FARC se encontravam na zona, situada entre os rios Cuembi e San Miguel.
A iniciativa fracassou. Se houve mortos, foram equatorianos. Não é a primeira vez, aliás, que forças colombianas desenvolvem acções militares em território do país vizinho, afirmando perseguir combatentes das FARC.
O governo de Quito recusou há três semanas uma proposta colombiana para «operações conjuntas» na fronteira.
A indignação popular no Equador foi grande. O presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros do Congresso pediu que o governo leve o assunto à ONU e à OEA, protestando contra as periódicas violações da soberania nacional pelas forças armadas colombianas.
Em Washington, o Departamento de Estado absteve-se de comentar o bombardeamento. Uribe é o melhor aliado de Bush na América Latina e, afinal, limita-se a imitar o que a US Air Force fazia no Sudeste Asiático quando, alegando perseguir vietnamitas, bombardeava áreas do Laos e do Camboja.

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