A Lição do Hamas

A vitória esmagadora do Hamas nas eleições legislativas para a Autoridade Palestina foi uma vitória da combatividade. Os representantes do Hamas foram eleitos não porem serem muçulmanos e sim por serem combativos. Trata-se de um lição fundamental para aqueles que se dizem laicos, ateus, "de esquerda", ou até "marxistas" mas na vida real têm posições capituladoras e de compromisso com a reacção.
Assim, entre laicos conciliadores e religiosos combativos, os povos preferem os últimos — por serem combativos e não por serem religiosos. Esta lição é preciosa para o movimento revolucionário de todo o mundo. Hoje, tanto na Europa como em outros continentes, há numerosos partidos que se dizem comunistas mas já não o são. Transformaram-se na prática em partidos reformistas/possibilistas, que muitas vezes se prestam a por um carimbo "de esquerda" a políticas reaccionárias. Contudo, não chegam a obter as ditas "reformas possíveis" e acabam por desmoralizar-se. Foi o que aconteceu ao Fatah e ao PT aqui no Brasil, mas esse último de forma particular.

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