Advogado do PCC diz que aprendeu malandragem no Congresso Nacional

O advogado do Primeiro Comando da Capital (PCC), Sérgio Weslei, foi preso por desacato durante a acareação promovida pela CPI para averiguar se ele e a advogada Maria Cristina Rachado compraram a gravação de um depoimento reservado prestado por dois delegados paulistas à CPI.

O técnico de som Arthur Vinicíu alega que recebeu R$ 200 para entregar ao casal um CD com o áudio do depoimento. O aúdio teria supostamente deflagrado a onda de violência promovida pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo.

Ao longo da acareação, Sérgio Weslei se negava a responder várias perguntas. O que levou o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) a comentar que o advogado teria aprendido bem com a malandragem. Sérgio Weslei rebateu: "A gente aprende rápido aqui". Irritado, o deputado Alberto Fraga (PFL-DF) chamou Cunha de bandido e pediu a sua prisão por desacato. " Você merece é um par de algemas nesse braço. Você é um bandido", disse Fraga, que é coronel da Polícia Militar.

Antes de ser preso, o advogado admitiu que está respondendo a um processo criminal na 2ª Vara Criminal de São Roque (SP) por estelionato e coação de testemunhas. O advogado disse que é inocente e que isso ficará comprovado no fim do processo. Ele reafirmou que não existe relação entre a obtenção do áudio de sessão reservada da CPI e a violência deflagrada pelo PCC em São Paulo. "Querer ligar a fita aos incidentes é querer tapar o sol com a peneira. A culpa é do sistema falido de São Paulo, que não consegue gerir os problemas."

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