PESQUISA: Igreja Católica é a que mais perde fiéis em Belém

Uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) revelou que, apesar de sua predominância te em todo o País, a Igreja Católica vem perdendo espaço para outras congregações religiosas, principalmente as evangélicas, na capital paraense.
A pesquisa foi realizada por um grupo de Iniciação Científica do curso de Ciências da Religião da UEPA. Os dados foram apresentados na última terça-feira (23), no auditório da Reitoria da UEPA, na capital paraense, como parte da programação da 11ª edição da Semana Acadêmica do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE) da UEPA.
Os resultados mostram que a Igreja Universal do Reino de Deus e a Assembléia de Deus são as Igrejas mais procuradas por aqueles que buscam uma nova religião, explica José Augusto Rodrigues, universitário que participa da pesquisa "Mobilidade Religiosa em Belém: Uma leitura sobre as novas formas de crer na Religiosidade da Amazônia".
A migração de fiéis entre as religiões foi constatada após levantamento feito entre sete instituições religiosas com atuação em Belém: Igreja Católica, Assembléia de Deus, Igreja Maranata, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Messiânica, Hare Krishna, Centro Espírita e Igreja Universal. Participaram da pesquisa mais de 120 homens e mulheres, entre 20 e 50 anos.
Segundo os entrevistados, graças alcançadas foram apontadas como o principal fator para sua migração de uma religião a outra. Outro fator apontado foi a forma como os fiéis são acolhidos em cada uma das religiões. "A pesquisa constatou que as pessoas mudam de religião porque em outra elas recebem maiores graças do que naquela em que estavam anteriormente", explica o universitário Devison Amorim, outro integrante do grupo de pesquisa.
O levantamento também verificou que as mulheres são as principais responsáveis pela mudança de religião, já que 52% delas participaram desse trânsito religioso, enquanto que o percentual dos homens foi de 47%. Além disso, 69% dos homens estão satisfeitos com sua religião, e esse percentual é reduzido para 30% quando se trata das mulheres.
Religiões menos populares, como Hare Krishna, estão menos sujeitas a essa mobilidade e, inclusive, se beneficiam dela porque acabam recebendo fiéis de outras religiões. "Estas quase não perdem fiéis e conseguem agregar muito mais do que perdem", diz Devison Nascimento.

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