Trabalho infantil impede desenvolvimento

Adital - Calcula-se que, em todo o mundo, existem cerca de 246 milhões de crianças que trabalham. Se acredita que 180 milhões de menores entre cinco e 17 anos (ou 73% do total) se dedicam às piores formas de trabalho infantil, como o emprego em minas em condições arriscadas e o manejo de maquinaria perigosa. Destas crianças, 5,7 milhões trabalham numa situação de servidão por dívidas ou outras formas de escravidão; 1,8 milhão estão implicadas à força na prostituição ou na pornografia, e 600.000 se dedicam a outras atividades ilícitas. Centenas de crianças se vêem forçadas a trabalhar, quando teriam que estar estudando e brincando, o que priva suas famílias e seus países da oportunidade de se desenvolver e prosperar, disse o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

"As crianças que são obrigadas a trabalhar, elas mesmas roubam sua infância", declarou Ann M. Veneman, diretora executiva do UNICEF, como motivo pelo Dia contra o Trabalho Infantil, 12 de junho. "A maioria das crianças que trabalham estão ocultas na vista do público, e se encontram fora do alcance da lei. Muitos tem o atendimento sanitário básico negado, educação, uma nutrição apropriada, e a proteção e segurança de suas comunidades e famílias".

Veneman disse que a educação, que é um componente fundamental do entorno protetor necessário para resguardar os meninos e meninas da exploração, é um meio poderoso para prevenir o trabalho infantil. A eliminação de barreiras para a matrícula nas escolas é o elemento fundamental da Iniciativa para a Abolição das Taxas Escolares, lançada em 2005 pelo UNICEF e Banco Mundial. O UNICEF trabalha também com a Organização Internacional do Trabalho e outros aliados para fomentar políticas, reunir recursos e instaurar outras medidas práticas destinadas a combater o trabalho infantil.

Além de teram alguns estudos negados, os meninos e meninas que trabalham são vítimas freqüentes de maus tratos, violência física e psicológica, ou abusos por parte de seus supervisores, companheiros de trabalho e outras pessoas. A violência contra os meninos e meninas no lugar de trabalho é uma das cinco áreas fundamentais abordadas no Estudo sobre a Violência contra as Crianças, do Secretário Geral das Nações Unidas, um informe mundial que será divulgado em outubro.

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