Michael Moore é investigado por violar embargo americano em Cuba

O cineasta vencedor do Oscar Michael Moore está sendo investigado pelo Departamento do Tesouro norte-americano por ter levado trabalhadores doentes da força de resgate do 11 de setembro a Cuba, para cenas de seu documentário sobre saúde, chamado "Sicko", afirmou a agência Associated Press.

"Sicko" promete fazer pressão sobre a indústria da saúde, da mesma forma que Moore confrontou a paixão americana por armas de fogo em "Tiros em Columbine" e espetou Bush pela forma como ele lidou com os atentados de 11 de setembro em "Fahrenheit 11 de setembro".

O Departamento do Tesouro notificou Moore, por meio de carta datada de 2 de maio, de que está conduzindo uma investigação civil por possível violação do embargo comercial norte-americano a Cuba.

"Esse escritório não tem registros de uma licença específica que tenha autorizado você a embarcar em uma viagem que envolva transações comerciais com Cuba", afirma a carta, assinada por Dale Thompson, encarregado pela investigação.

O cineasta recebeu a carta na última segunda-feira (7), disse a fonte. "Sicko" estréia em 19 de maio no Festival de Cinema de Cannes, e deve entrar em cartaz nos Estados Unidos em 29 de junho. A porta-voz de Moore disse que ele não comentaria o caso.

Após receber a carta, o documentarista teria colocado uma cópia do filme em um lugar seguro fora do país para protegê-lo de interferências do governo, afirmou a fonte.

Ninguém do Tesouro quis falar sobre a investigação. Ainda de acordo com a carta, Moore entrou com pedido para ir para Cuba no dia 12 de outubro de 2006, mas nenhuma decisão foi tomada pelo governo. Ele teria conseguido viajar usando uma permissão de jornalista.

Moore tem 20 dias úteis para dar ao governo informações sobre a viagem, tais como datas, motivo e itinerário, além dos nomes e endereços daqueles que o acompanharam.

Possíveis punições para violação do embargo não estão indicadas. Em 2003, o time New York Yankees pagou ao governo US$75 mil para acertar uma disputa de que estaria conduzindo negócios em Cuba e violando o embargo.

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