Contraponto

SÉRGIO E ADAMOR
Em Prainha, onde as negociações se deram sem grandes atropelos, os dois partidos já fecharam acordo, com o PMDB indicando o candidato a prefeito, que deverá ser Sérgio Pingarilho. O advogado Adamor Malcher é o mais forte candidato do PT a vice. Também em Curuá o acordo entre os dois partidos já é considerado favas contadas. Em Almeirim e Alenquer, no entanto, as conversas estão apenas começando, mas as partes estão convencidas que somente a unidade política, com chapa eleitoral única, poderá levá-las à vitória.


TENDÊNCIA X GOVERNO
Mas é em Itaituba que a aliança PT-PMDB, que também caminhava para a consolidação, está mais difícil de acontecer. Lá, a maioria da direção partidária caminhava para o acordo que selaria a dupla Valmir Climaco e Afábio Borges como chapa majoritária à Prefeitura, mas o acordo iminente foi atropelado pela dupla Zé Geraldo e Airton Faleiro. Os dois deputados, dirigentes máximos da tendência “PT pra Valer”, jogaram areia na paçoca da aliança e insistem que o PT deve ter candidato próprio, e ponto final! Afinal, precisam de cabos eleitorais para a eleição de 2010, e esperam que Afábio, na possibilidade de ser eleito, seja seu tenente (e não apenas cabo) eleitoral.


RISCOS E PREJUÍZOS
O que Airton e Zé Geraldo não sabem – ou sabem, mas pouco lhes importa – é que a não aliança PT-PMDB é o passaporte que o prefeito Roselito Soares, um tucano de plumagem dourada atualmente abrigado no PRP, mais aguarda como garantia de sua reeleição. A pergunta que não quer calar é: os interesses eleitorais de uma tendência partidária são mais importantes que os interesses do PT e do governo do Estado?

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LIMITES DA DISCÓRDIA
É provavelmente pacífica a solução do problema causado, em 2001, pela antiga Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectam) – hoje Sema – com a criação do Parque Estadual Monte Alegre (Pema), unidade de conservação que guarda as marcas mais antigas da presença do homem na Amazônia, algumas datadas de 11.200 anos, em Monte Alegre. A proposta de criação do Pema foi aprovada durante audiência pública realizada no dia 18 de junho de 2001, com a presença e o aval de representantes de todas as comunidades localizadas no entorno das serras do Ererê e Paytuna, que abriga os sítios arqueológicos que se pretendia proteger. No traçado dos limites do futuro parque, todas as comunidades próximas – Maxirá, Ererê, Paytuna e Lajes – ficariam fora da unidade de conservação.


DESRESPEITO
Mas o que não se sabia é que os técnicos da Sectam decidiram, por conta própria, na elaboração do projeto de lei enviado pelo governo do Estado à Assembléia Legislativa, alterar os limites aprovados na audiência pública, incluindo nele a comunidade de Lajes. E assim o texto foi aprovado e virou lei, e somente agora a notícia veio à tona, causando apreensão e revolta não somente aos moradores de Lajes, mas também das outras comunidades. Na tarde da última terça-feira (3), a deputada Josefina Carmo (PMDB), acompanhada da bióloga Regina Oliveira, do Museu Paraense Emílio Goeldi, ouviu do secretário estadual do Meio Ambiente Valmir Ortega a garantia de que o problema terá uma solução pacífica, negociada. Regina Oliveira foi quem coordenou a audiência pública que aprovou, em 2001, a proposta de criação do Pema.


VENDA CONTINUA
A imprens santarena noticiou na última semana que a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) havia autuado e lacrado quatros postos de combustíveis no município de Santarém, com suspeita de venderem gasolina adulterada ou/e de não respeitar as medidas de seguranças que os todos os postos de combustíveis do país devem adotar. No entanto, nos endereços anunciados pela mídia, a coluna constatou que ainda ocorre a venda do “líquido precioso”, pra não dizer valioso.

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