PMDB e o jogo da indefinição

O ex-deputado federal José Priante andou ciscando em terras tapajônicas neste final de semana. Ele aproveitou uma reunião do diretório municipal de seu partido, que se transformou em pré-conferência, para fazer lobby às suas intenções de se candidatar à prefeitura de Belém.
Priante aproveitou o descontentamento de setores insurgentes do PMDB para fortalecer as teses de candidatura própria e de apoio ao ex-prefeito Lira Maia (DEM). A estratégia dele é mostrar que pode enfraquecer ou ameaçar a candidatura da Prefeita Maria do Carmo (PT). Dessa forma, poderá “negociar” apoio em Belém para o lançamento de sua candidatura.
O PT mocorongo ficou calado diante da atitude de José Priante. Na pré-conferência em que participaram no último sábado (31), os peemedebistas aprovaram três teses que devem ser votadas na conferência municipal que se realizará no próximo dia 29 de junho. Além das duas citadas de candidatura própria e de apoio a Lira Maia, a de manter composição com o PT, ocupando a cadeira de vice.
José Priante se disse traído pelo PT. “Sou o maior exemplo de como ficam aqueles que apóiam esse partido”, reclamou. O ex-deputado federal anunciou ter ao seu lado o deputado estadual Antônio Rocha como seu maior aliado nessa missão de distanciar as duas siglas (PT e PMDB) em solo tapajônico. Contradiz-se, pois o clã dos Rocha é o maior expoente do acordo entre os partidos na Pérola do Tapajós. Tanto, que desde o primeiro dia de governo da Prefeita Maria do Carmo, José Antônio Rocha já era noticiado como próximo vice da gestora.
A família Rocha também detém 99,99% dos cargos cuja indicação, em Santarém, pertence ao PMDB. A insurreição é capitaneada pelos alijados, que se acharam traídos por terem de aceitar calados a indicação dos filhos de Antônio para os altos cargos do partido na Pérola do Tapajós.
Em Belém, o líder maior do PMDB no estado, deputado federal Jader Barbalho, só disse que Priante agiu por impulso e que sua fala não significa ponto final.
O PMDB terá de tomar uma decisão que passa por vários interesses. O partido, que é o maior do país, não consegue sobreviver sozinho ou tem medo de enfrentar um pleito, apostando em seu potencial.
Porque então o PMDB não lança candidato próprio em Santarém e sai da sombra de Maia e Maria? Será que é porque não tem voto? Ou é medo mesmo?

Comentários

Anônimo disse…
Na mosca!!
Anônimo disse…
O Priante acha que tem gabarito eleitoral para cantar de galo em Santarém, está totalmente enganado.

Luis
Anônimo disse…
O Priante é amigo da Maria. Ele não faria isso.
Anônimo disse…
Tem de colocar o Helenilson nessa parada. Vamos mudar esse arroz com feijão!

Mário
Anônimo disse…
É por isso que o PT tá agitado e ligando a mil por horas para a cúpula regional.

Mário