Sema bloqueia serraria Curuatinga por impedir fiscalização

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), bloqueou, nesta terça-feira 30, os créditos de produtos florestais (madeira) da serraria Brasil Pisos Madeira Ltda, localizada no km 4 da BR-163 (Cuiabá-Santarém), município de Santarém, oeste paraense, por ter impedido uma ação de fiscalização do órgão que iria apurar denúncias do Ministério Público Estadual (MPE).

Na prática, a empresa, cujo nome de fantasia de “Curuatinga”, está impedida de beneficiar madeira serrada, devido o impedimento nos sistemas de controle eletrônico da Sema, o Ceprof/Sisflora.

A empresa, que tem 139 funcionários, deveria ser vistoriada por uma equipe da Sema no dia 18 de dezembro, mas a mesma não permitiu a entrada dos fiscais à área de operação.

“Chegamos lá por volta de 10h, daquela quinta-feira, nos identificamos ao porteiro, que ligou para um dos proprietários avisando. Mas, nos foi dito que não era possível entrar porque não havia ninguém para atender na empresa a nossa equipe”, contou a fiscal da Sema, que chefiou a operação.

Diante da negativa, a equipe tomou a iniciativa de inspecionar o entorno da serraria, e foi então que constatou as irregularidades apontadas nas denúncias dirigidas a Sema.

“Não foi preciso andar muito para avistar uma montanha de serragem que está prejudicando um igarapé que passa perto da empresa”, explicou a fiscal.

Os fiscais também identificaram que a mata ciliar (vegetação que margeia um curso d'água), foi cortada para a edificação de um muro, de limite da serraria.

“Também notamos que há um efluente (líquido ainda não identificado), que escorre de uma tubulação por uma abertura feita no referido muro e é lançado direto no igarapé”, completou a fiscal.

O gerente de Projetos e Processamento de Produtos de Origem Florestal (Geprof), da Sema, Jaime Cardoso, afirmou que em 2008 a mesma serraria teve cassada a Licença de Operação (LO), mas que obteve uma liminar na Justiça, em Santarém, para voltar a operar a partir de 23 de outubro de 2008.

No momento a empresa tem licença para trabalhar até 26 de maio de 2009, e só terá de volta os créditos florestais (madeira) “suspensos temporariamente”, após a fiscalização da Sema. Em 2008, este foi o único caso, no Pará, de bloqueio de uma serraria por barrar a fiscalização da secretaria.
Agência Pará

Comentários

Anônimo disse…
Putz...Alailson, quase nem acredito nessa.

O Valmir Ortega finalmente tirou o paletô e a gravata?

Tiberio Alloggio