Senado aprova texto-base do salário mínimo de R$ 545

O Senado aprovou nesta quarta-feira o texto-base do projeto que reajusta o salário mínimo para R$ 545. Os senadores ainda vão analisar as emendas que aumentam o valor para R$ 600 ou R$ 560.

Se forem rejeitadas, como é esperado pelos governistas, o valor de R$ 545 passa a vigorar a partir do dia primeiro de março --depois da sanção do projeto pela presidente Dilma Rousseff.

A votação do projeto foi simbólica, sem o registro dos votos de cada senador no plenário. As emendas terão votação nominal, com cada parlamentar registrando o seu voto --o que vai permitir ao governo calcular as dissidências dentro da base aliada da presidente Dilma Rousseff.


Alan Marques/Folhapress
Senado aprovou nesta quarta-feira o texto-base do projeto que reajusta o salário mínimo para R$ 545
Senado aprovou nesta quarta-feira o texto-base do projeto que reajusta o salário mínimo para R$ 545

Uma terceira emenda ainda será analisada pelo plenário: a que retira do texto a possibilidade do governo reajustar o salário mínimo nos próximos quatro anos automaticamente, por meio de decreto presidencial. A oposição quer retirar o artigo porque argumenta que, pela Constituição Federal, a discussão sobre o mínimo precisa passar pelo Congresso Nacional.
Os governistas vão tentar derrubar todas as emendas para que o texto aprovado na Câmara seja mantido no Senado. Se sofrer mudanças, o projeto tem que retornar para uma nova análise dos deputados.

A votação ocorreu sob protestos de sindicalistas, que encheram as galerias do Senado para defender o mínimo de R$ 560. A oposição também fez discursos calorosos contra o valor proposto pelo governo. Em um dos debates, o senador Itamar Franco (PPS-MG) trocou farpas com o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Itamar disse que uma família brasileira não tem condições de viver com o valor sugerido pelo governo. E relembrou o ex-presidente João Figueiredo. "Uma vez perguntaram para um presidente o que faria com um salário mínimo, sabe o que respondeu?", questionou a Jucá.
O peemedebista respondeu: "que daria um tiro na cabeça". Itamar também trocou farpas com Sarney sobre procedimentos de votação --o que lhe transformou no principal destaque da oposição durante a discussão do salário mínimo.


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