Imperatriz desfila as belezas do Pará

Índios Tapajó numa das alas da Imperatriz.
Foto: Futura Press
O Pará foi tema da Imperatriz Leopoldinense em desfile na madrugada desta terça-feira (12), na Marquês de Sapucaí. A escola contou com diversas personalidades do estado, entre elas Fafá de Belém, Gaby Amarantos e Dira Paes. A apresentação, que terminou às 4h34, depois de 1 hora e 19 minutos, lembrou dos romeiros do Círio de Nazaré em seu trecho final.

A cantora Fafá de Belém foi um dos destaques da apresentação, passando duas vezes pela avenida. Primeiro ela foi heroína paraense na comissão de frente, segurando a bandeira do estado. Depois, a artista fechou o desfile na ala que retratou os romeiros do Círio de Nazaré. A escola contou ainda com a presença das atrizes Dira Paes e Rosamaria Murtinho, das cantoras Gaby Amarantos e Leila Pinheiro, dos cantores Elymar Santos e Beto Barbosa.

A escola levou para o sambódromo 3.200 integrantes, em 31 alas, sete carros alegóricos e um tripé. O carnavalesco Cahê Rodrigues, ao lado dos cenógrafos Mário Monteiro e Kaká Monteiro, assinou o desfile da Imperatriz Leopoldinense, que trouxe para a Sapucaí "Pará: o muiraquitã do Brasil", apresentando a história e a cultura do estado.

Segundo Cahê, detalhes artesanais presentes nas alegorias enriqueceram a apresentação. "Nós temos um carro com vasos de cerâmica marajoara pintados à mão, um por um. Foi um carro bem trabalhoso", disse antes do desfile.

Fundada em 1959, a Imperatriz Leopoldinense já foi campeã oito vezes no Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro. No carnaval de 2012, a agremiação ficou em 10º lugar.
A bateria da Imperatriz Leopoldinense foi comandada por Márcio de Souza Cesário, o mestre Noca, que teve a companhia da rainha Cris Vianna. Os ritmistas vestiram roupas inspiradas na cerâmica do Pará, homenageando o artesão popular responsável por transformar barro em arte, em uma relação harmônica entre o povo do estado e a natureza.

O samba enredo foi interpretado por Dominguinhos do Estácio, um dos autores da canção que deu o primeiro título da escola, em 1980, e Wander Pires, que recebeu o estandarte de ouro de 1996 com o título da Mocidade.

A comissão de frente, com participação de Fafá de Belém, foi criada por Alex Neoral. Nela, ancestrais de indígenas paraenses anunciaram a passagem da escola verde e branco. Os donos das terras exibiram cocares floridos e apresentaram ao público o Muiraquitã, amuleto da sorte para os índios.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira foi formado por Phelipe Lemos, de 23 anos, e Rafaela Theodoro, de 20 anos, que pela terceira vez consecutiva defendem o pavilhão da escola. Na primeira vez em que formaram o par, foram o mais jovem casal a passar pela avenida.
O carro abre-alas destacou a coroa símbolo da agremiação, que girou reluzindo como uma joia em meio a floresta. A escola mostrou tribos indígenas que ajudaram a construir a história do estado e destacou a relação desses povos com elementos da natureza.

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