Em O Estado do Tapajós on line:
Uma paciente de 15 anos morreu, ontem, vítima de
hantavirose. A adolescente, natural de Rurópolis, estava internada no Hospital
Municipal de Santarém(HMS) e vinha sendo assistido pela médica Mariana Quiroga.
A informação foi confirmada a O Estado do Tapajós por uma fonte oficial do HMS,
no início da noite de domingo.
A morte da adolescente disseminou uma onda de boato na
internet que atribuia a causa mortis por gripe H1N1 e provocou pânico entre
funcionários do Hospital Municipal.
Este é o primeiro caso de morte, este ano, na região Oeste
do Pará, provocada pela doença transmitida por ratos silvestres.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o
Ministério da Saúde e o Instituto Evandro Chagas haviam iniciado, em abril
deste ano, um trabalho de vigilância ecoepidemiológica no município de
Oriximiná, oeste do Pará, onde, em 2011, ocorreram dois casos de hantavirose,
que foram notificados em Santarém. Além de Oriximiná, houve seis casos de
hantavirose em Novo Progresso e um em Itaituba, municípios do sudoeste
paraense, totalizando nove registros da doença em todo o Estado ano passado,
com oito mortes.
A hantavirose é uma doença infecciosa grave, causada pelo
hantavírus e transmitida por ratos silvestres, que eliminam o vírus pela
saliva, fezes e urina. A infecção no humano ocorre pela inalação dessas
secreções misturadas com poeira, principalmente em ambientes fechados. É uma
doença altamente letal e pode levar à morte por insuficiência respiratória.
Embora possa ser confundida, no início, com gripe, dengue, leptospirose,
malária e outras doenças íctero-hemorrágicas, exige outro tipo de atendimento.
Não se deve hidratar o paciente como ocorre em casos de dengue, por exemplo.
Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores no
corpo, tosse seca, mal estar geral e dificuldade respiratória, que aparece
rapidamente.
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