Da Agência Pará:
Os casos de malária no Pará apresentaram redução de 71,3%
nos primeiros oito meses de 2013, em relação ao mesmo período do ano passado,
de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa),
por meio da Coordenação Estadual de Controle de Doença de Malária. Doença
infecciosa causada por protozoários transmitidos por vetores, a malária
registrou 22.027 casos até 30 de agosto deste ano. Em 2012, o quantitativo era
de 76.714 casos, no mesmo período.
Os trabalhos para conter a malária no Pará envolveram um
conjunto de ações preventivas elaboradas pela Sespa, em parceria com os
municípios, sobretudo os 14 que mais registraram casos em 2012 e 2013, além de
um fato isolado e logo controlado, como foi a ocorrência de mais de 80 casos em
Ananindeua, entre os meses de março e abril deste ano. O município da Região
Metropolitana de Belém teve suporte do Estado na borrifação das áreas
consideradas de maior possibilidade de aparecimento do mosquito transmissor,
além das medidas de diagnóstico rápido da doença e capacitação de
profissionais.
O informe epidemiológico emitido pela Coordenação de Malária
da Sespa deixa claro que todos os 14 municípios considerados prioritários para
o combate à doença, como os que registram mais de 200 casos positivos por ano,
tiveram êxito na força tarefa, o que resultou na diminuição de casos. O de
Itaituba, por exemplo, que em 2012 registrava 10.863 casos, diminuiu esse
número para 8.550 – de 1º de janeiro a 30 de agosto dos anos 2012 e 2013. Em
Anajás, a redução foi maior: de 19.193 casos nos oito primeiros meses de 2012,
o município passou para 2.516 pessoas diagnosticadas com malária.
O quadro ainda inclui 12 municípios que também apresentaram
redução de um ano para outro: Jacareacanga (que passou de 4.328 casos para
2.122 registros); Novo Progresso (de 1.405 para 1.221); Pacajá (de 2.123 para
880); Portel (de 1.341 para 864); Breves (de 2.109 para 730); Afuá (de 1.684
para 693); Anapu (de 1.764 para 275); Altamira (de 1.776 para 268); Alenquer
(de 586 para 247); Goianésia do Pará (de 1.769 para 227); Tucuruí (de 1.217
para 216) e Senador José Porfírio (de 732 para 209).
Em nota técnica, a Coordenação Estadual de Controle de
Doença de Malária atribui a diminuição dos casos à atuação do Estado em
orientar, inclusive em campo, os gestores municipais, além de intensificar a
compra de insumos para o combate do mosquito transmissor, o que resultou na
distribuição de microscópios para o diagnóstico precoce, mosquiteiros
impregnados com inseticidas e veículos como carros, rabetas, motocicletas e
lanchas, para as regiões de difícil acesso.
Nas oficinas de avaliação da malária realizadas em polos das
regionais de saúde do Pará, representantes da coordenação estimulam os
secretários municipais a se comprometerem com o Estado com questões inerentes à
Vigilância em Saúde, por meio de atitudes simples, como orientar e tratar a
população que mora em áreas consideradas de risco. Essas atividades continuarão
ao longo do ano.
Características
A malária é uma doença que tem cura e o tratamento é eficaz,
simples e gratuito, mas pode evoluir para suas formas graves em poucos dias se
não for diagnosticada e tratada de forma rápida e adequada, principalmente nas
infecções causadas por P. falciparum. As pessoas infectadas podem apresentar sinais
e sintomas, como dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre alta e calafrios
que, em geral, são acompanhados por dor abdominal, dor nas costas, tontura,
náuseas e vômitos.
As gestantes, as crianças e as pessoas infectadas pela
primeira vez estão sujeitas a maior gravidade da doença que, se não tratada
adequadamente e em tempo hábil, podem ser letal.
A confirmação laboratorial da doença é feita por meio do
exame da gota espessa. Tal procedimento consiste na visualização, utilizando um
microscópio, de possíveis parasitas em lâminas que contêm uma gota do sangue do
paciente. Outro método usado no Brasil para diagnóstico laboratorial é o teste
de diagnóstico rápido, que usa uma gota de sangue do paciente e um conjunto de
reagentes para determinar a presença do parasita naquela amostra de sangue.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado e oportuno da
malária são hoje as principais medidas para o controle da doença, cujo
tratamento é feito pelo Sistema Único de Saúde, que orienta a terapêutica e disponibiliza
gratuitamente o diagnóstico e, se o resultado for positivo para malária, os
medicamentos antimaláricos.
Em geral, esses quadros são acompanhados por dor abdominal,
dor nas costas, tontura, náuseas e vômitos. As gestantes, as crianças e as pessoas
infectadas pela primeira vez estão sujeitas a maior gravidade da doença,
principalmente por infecções pelo P. falciparum, que, se não tratadas
adequadamente e em tempo hábil, podem ser letais.As pessoas infectadas podem
apresentar sinais e sintomas inespecíficos como: dor de cabeça, dor no corpo,
fraqueza, febre alta e calafrios.
Em geral, esses quadros são acompanhados por dor abdominal,
dor nas costas, tontura, náuseas e vômitos. As gestantes, as crianças e as
pessoas infectadas pela primeira vez estão sujeitas a maior gravidade da
doença, principalmente por infecções pelo P. falciparum, que, se não tratadas
adequadamente e em tempo hábil, podem ser letais.
Comentários