Adepará alerta produtor para período de proibição do cultivo de soja

Da Agência Pará:

Produtores de soja de Santarém, Itaituba, Rurópolis, Trairão, Altamira e Paragominas, e das regiões Bragantina e Guamá, no nordeste paraense, devem ficar atentos à segunda etapa do vazio sanitário de soja, que começou terça-feira (1º) e vai até 30 de novembro. No período, está proibido o cultivo da soja. Também não é permitido manter ou permitir fase de desenvolvimento no campo e em beira de estrada.

A praga ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é capaz de causar prejuízo de até 70% de perda na produção. Para controlá-la, é necessário o uso de agrotóxico, que pode causar prejuízo ao meio ambiente e também ao produtor.

O território do Pará tem uma situação confortável, devido ao clima, e o vazio sanitário reforça a segurança. Como existem as diferenças climáticas, foram estabelecidas no programa estadual duas etapas de vazio sanitário. A primeira foi no período de julho a setembro. A intenção é matar a praga, já que, sem planta em campo, o fungo presente não tem como se alimentar.


O Pará é dividido em três polos de soja, nos municípios de Paragominas, Santarém e Redenção. O Estado é o 14º produtor de soja no Brasil e o 12º a instituir o vazio sanitário, desde 2008. O produtor que descumprir a lei deve pagar multa de mais de R$ 20 mil. Também é obrigatório o cadastro, que deve ser atualizado anualmente em qualquer unidade da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará). A multa para o produtor que não for cadastrado vai de R$ 163 a R$ 1.623, dependendo da área.

O cadastro é necessário para que a Adepará possa ter o controle sobre os produtores atuantes e para fazer o trabalho de inspeção fitossanitária e fiscalização. “Alguns produtores ainda temem em fazer o cadastro, mas é importante para fortalecer o trabalho. A cada ano, aumentam o número de produtores no Estado e as áreas de plantio de soja”, diz a coordenadora do Programa Estadual Fitossanitário da Cultura da Soja da Adepará, Alice Thomas.

Segundo o diretor geral da Adepará, Mário Moreira, é importante fazer o manejo das pragas e doenças, para quebrar o ciclo das pestes de cada vegetal. “O trabalho técnico e de orientação se dá pelos cursos que são ministrados pelos servidores da Adepará. A ação prevê a melhoria e o aumento da produção no Estado do Pará”, diz.

Os primeiros sintomas da ferrugem asiática aparecem na forma de pequenas pontuações angulares, de coloração cinza-esverdeada, na face superior das folhas, as quais podem ser observadas contra o sol. Na face inferior, observam-se pequenas pontuações salientes, de coloração castanho claro a castanho escuro. A identificação da praga é facilitada pelo uso da lupa de bolso (com aumento de 20 vezes).


Texto:
Andréa Ferreira - Adepara
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