Helenilson ressaltou a importância da parceria entre
o
Estado e a Prefeitura para a concretização das obras
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A Ordem de Serviço para as obras de ampliação, recuperação e
modernização do sistema de distribuição e abastecimento de água em Santarém, no
oeste do Pará, foi assinada no final da tarde de quarta-feira (12), pelo
vice-governador Helenilson Pontes, no plenário da Câmara Municipal. As obras,
que representam um investimento de R$ 93.700.877,93 – recursos do governo do
Estado -, devem ser concluídas em 18 meses, ampliando de 57% para 95% a área de
cobertura do município, e acabando com o problema de interrupção que acontece
atualmente em alguns bairros.
O vice-governador destacou a parceria que o governo
municipal tem mantido com o governo estadual, e citou outras obras que estão
sendo executadas em Santarém. "As grandes obras só são possíveis quando há
parceria entre Prefeitura e governo do Estado. A população do Pará precisa
compreender que a Cosanpa (Companhia de Saneamento do Pará) não é do governo, e
sim do povo, e por isso deve ser bem gerida e funcionar em prol do povo
paraense. Temos outras grandes obras expressivas, como as obras do Colosso do
Tapajós e do ginásio poliesportivo. Até julho sai a licitação do Centro de
Convenções, a ampliação da UTI do Hospital Regional, a construção do novo
Centro de Perícias Científicas, além de várias escolas que estão sendo
reformadas. São obras que estão sendo vistas e que trarão inúmeros benefícios.
Essa obra da Cosanpa não será tão vista, mas será essencial para milhares de
santarenos, que terão água de qualidade em suas casas", ressaltou o vice-governador.
Helenilson Pontes destacou a grandiosidade do investimento e
a necessidade de acompanhamento das obras. "Não me lembro de outra obra de
quase 100 milhões de reais em Santarém, com exceção do Hospital Regional do
Baixo Amazonas, que também é obra do governador Jatene. Eu me sinto feliz de
estar ao lado de um governo que cumpre o que promete, e só promete o que é
possível. Esse investimento é possível porque o Estado está organizado. O
Brasil vive uma crise federativa séria. Os Estados estão cancelando
investimentos, enquanto o Pará está aumentando seus investimentos. Só na
Cosanpa são R$ 980 milhões, e em rodovias mais de R$ 1 bilhão. Aqui mesmo, na
PA-255, são mais de R$ 100 milhões. A obra vai ligar Santarém ao município de
Monte Alegre", informou Helenilson Pontes.
O diretor de Expansão e Tecnologia da Cosanpa, Flávio
Proença, fez uma exposição do plano de execução e efeitos das obras. Segundo a
Cosanpa, atualmente a captação de água em Santarém é feita por 14 poços
profundos e oito poços rasos, para uma rede de distribuição de 361 quilômetros.
O projeto de ampliação implantará oito novos poços, com 250 metros de
profundidade, e implantará mais 316 quilômetros de rede, quase dobrando a
capacidade de distribuição. O projeto também contempla a implantação de quatro
reservatórios elevados e nove reservatórios apoiados.
Sem interrupções - Noêmia Jacob, presidente da Cosanpa,
destacou que a obra vai ampliar e regularizar o acesso à água potável. A
Cosanpa também investirá em obras de melhoria da rede de esgoto e abastecimento
de água na Vila de Alter do Chão. "A água será disponibilizada sem
interrupções, além de chegar a mais domicílios. Também estamos preocupados com
a qualidade técnica, que será acompanhada de perto, para evitar erros. A obra tem
oito novos poços, mais reservatórios e substituição de rede arcaica, e deve ser
entregue até o final de 2016", informou ela, acrescentando que, para a
realização das obras, Santarém foi dividida em setores, a fim de garantir o
acesso imediato à água quando as obras em determinado setor forem finalizadas.
“Não será preciso, por exemplo, que os moradores da grande área da Nova
República esperem dois anos para que a água chegue às suas torneiras. Nosso
objetivo é facilitar o acesso ao abastecimento de água, assim que os serviços
considerados prioritários forem finalizados”, acrescentou a presidente.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), em 2012 a população de Santarém era de 299.419 habitantes, sendo o
terceiro município mais populoso do Pará - atrás apenas da capital, Belém, e de
Ananindeua. O investimento do governo na ampliação da rede de abastecimento de
água acabará com um problema antigo em alguns bairros do município.
O consórcio “Águas de Santarém”, vencedor do processo
licitatório, retomará as obras do PAC I (Programa de Articulação do
Crescimento), que foram paralisadas em 2011, por necessidade de ajustes nos
projetos e orçamentos. Houve, ainda, a desistência da construtora Estacon, que
havia sido contratada para executar a obra. A empresa CMT Engenharia Ltda.,
líder do Consórcio Águas de Santarém, será responsável pelo contrato.
O prefeito de Santarém, Alexandre Von, disse que o município
vai acompanhar de perto o andamento das obras e o cumprimento do contrato. “Sem
esse papel que a Câmara desempenhou há três anos (autorizando a renovação da
concessão do serviço de água e esgoto à Cosanpa), o contrato não poderia ter
sido assinado. O papel da Prefeitura será monitorar, fiscalizar e acompanhar a
execução desse contrato. E faremos isso em parceria com a Câmara e as entidades
comunitárias”, afirmou o prefeito.
"A partir deste ato a empresa está autorizada a iniciar
as obras. Esse é o maior contrato de saneamento básico já executado em
Santarém. Quero agradecer ao governo do Estado e aos vereadores, porque eles
são cobrados antes de mim e antes do governo do Estado. A falta de água tem
sido o problema maior levado a eles", acrescentou Alexandre Von.
O representante do bairro Conquista, Antônio Nogueira, disse
que as associações de moradores também acompanharão as obras, "para que o
uso do dinheiro público seja feito de forma correta e honesta, e que não seja
desperdiçado, como feito no governo passado. Estamos esperando que essas obras
sejam bem feitas e que possamos ter água de qualidade em nossas
torneiras", ressaltou o líder comunitário.
Relação de bairros atendidos pela obra:
PAC I
Zona 1: Laguinho, Salé, Liberdade, Centro, Aldeia e Mapiri;
Zona 2: Santíssimo, Santa Clara, Aparecida e Jardim
Santarém;
Zona 3: Aeroporto Velho e Caranazal;
Zona 4 (setor leste) – Diamantino, Esperança, Santana,
Livramento I e II.
PAC II
Nova República, São Francisco, Santo André, Matinha,
Floresta, Vitória Régia, Jutaí, Maicá, Pérola do Maicá, Urumari e Jaderlândia.
Texto:
Alailson Muniz
Secretaria de Estado de Comunicação
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