Em O Liberal de hoje:
O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu, no último sábado, 29, que não concorrerá com uma chapa própria para o governo do Estado do Pará. A defesa da candidatura própria perdeu a disputa interna da legenda no Encontro de Tática Eleitoral, realizado em um hotel na rodovia Mário Covas. Durante todo o dia, 510 integrantes do partido, entre delegados e convidados, discutiram o posicionamento do PT para a próxima eleição. Uma decisão do Diretório Estadual do PT proibiu a imprensa de entrar no auditório onde aconteceram os debates.
O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu, no último sábado, 29, que não concorrerá com uma chapa própria para o governo do Estado do Pará. A defesa da candidatura própria perdeu a disputa interna da legenda no Encontro de Tática Eleitoral, realizado em um hotel na rodovia Mário Covas. Durante todo o dia, 510 integrantes do partido, entre delegados e convidados, discutiram o posicionamento do PT para a próxima eleição. Uma decisão do Diretório Estadual do PT proibiu a imprensa de entrar no auditório onde aconteceram os debates.
No final das contas, a tese que avaliava como fraco o
desempenho do partido nas últimas duas eleições venceu aquela sustentada pelos
membros que defendiam o lançamento de candidatos petistas para as eleições
majoritárias. Os deputados estaduais e federais do PT deverão ser escolhidos
daqui a três semanas.
Para os defensores da candidatura própria, o PT perdeu a
oportunidade de aproveitar o respaldo da presidente Dilma Roussef, que
concorrerá este ano à reeleição. Os defensores da independência eram encabeçados
pelo deputado federal Claudio Puty, pelo deputado estadual Edilson Moura e pela
ex-deputada Regina Barata. O único a colocar o nome à pré-candidatura ao
Estado, deputado federal Claudio Puty, argumentou que, apesar da decisão
contrária do partido, ele não mudou sua opinião. "A nossa convicção não
alteramos nem um milímetro. É uma decisão equivocada, sempre discordamos desse
discurso. O PT está com uma oportunidade grande, a presidente tem 68% apontados
no Pará", destacou.
Antes do resultado, Puty estava resignado e esperava o
resultado contrário, ao notar a formação do encontro, mas falou que o grupo de
insatisfeitos com a aliança do partido com Jader Barbalho aumentou. No total,
249 delegados votaram pela coligação e 100 contra. Apesar da reportagem ter
sido impedida de entrar, foi possível ouvir os ânimos exaltados de ambos os
lados dentro do plenário. Dentre as principais tendências que não apoiavam a
aliança estavam Articulação de Esquerda, PT de Lutas e de Massas (PTLM),
Pororoca Vermelha e Democracia Socialista (DS).
No lado oposto estavam os deputados Milton Zimmer, Zé
Geraldo, Beto Faro e o ex-deputado Paulo Rocha, com as tendências Articulação
Socialista, PT Pra Valer e Unidade na Luta. Para Zé Geraldo, mesmo com os
problemas que a aliança com o PMDB enfrenta, esta era uma tática necessária
para assegurar pelo menos a vitória do candidato ao senado Paulo Rocha e de
Dilma. "O PT perdeu as duas últimas eleições majoritárias. Não temos como
eleger o governador. Temos chance de eleger um senador, uma boa bancada federal
e na Alepa".
Apesar de apoiar a aliança no Pará, ele admitiu que a
relação entre os dois partidos não é fácil. "Temos conflitos em vários
estados como no Maranhão com o José Sarney. Mas, no processo político temos
mais problemas com o PSDB que está lançando um candidato a presidente da
república, o Aécio Neves, que com o PMDB", declarou o deputado Zé Geraldo.
Segundo Regina Barata, o PMDB paraense não exerce nenhuma
influência na eleição de Dilma. "Aqui o PMDB nunca fez diferença. Em 2010,
quem fez campanha para Dilma foi o PT. Ninguém subiu no palanque para
defendê-la. Nem Jader, nem o prefeito de Ananindeua Helder, nem a deputada
federal, Helcione", criticou Barata.
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