Pará reduz em 62% casos de dengue e segue para erradicar a malária

O Pará controla as sete endemias que ainda resistem no Estado: dengue, malária, doença de Chagas, leishmaniose, raiva, ofidismo (picada de cobra) e hantavirose (transmitida pelas fezes e urina de rato). Aquelas com maior incidência foram reduzidas no mínimo mais de 38% de 2013 para 2014. A meta deste ano é diminuir a quase zero os casos de malária, segundo o Departamento de Controle de Endemias da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Para o diretor do departamento, o pesquisador Bernardo Cardoso, a erradicação é perfeitamente possível. “Em 2010 o Pará tinha 228 mil casos de malária, em 2011 começamos um trabalho que foi diminuindo drasticamente os registros. Em 2013, foram 33 mil casos, e em 2014, 13 mil, queda de 38,74%. Ainda que numericamente pareçam muitos, quando dissolvidos em um território desse tamanho, vemos que não é tanto. Dos 144 municípios paraenses, apenas 16 têm casos, e todos foram tratados, com nenhum óbito. Os maiores problemas estão nos municípios em região de garimpo, onde faremos visitas nesse ano”, explica.

Os primeiros dados de 2015 saem nesta quinta-feira (15), mas a Sespa é otimista. Os casos de dengue caíram 62,35% de 2013 para 2014. “Foram oito óbitos em 2013 e apenas dois no ano passado. De 7.958 casos confirmados, caímos para 2.996 no mesmo período. Dos nove municípios com mais casos, todos receberão as capacitações para as equipes de combate a endemias já fevereiro. Parauapebas teve 510 casos no ano passado, seguido de Senador José Porfírio com 407”, revela.

O Pará é um dos Estados com os melhores índices de combate à dengue do Brasil. “Em 2010, foram quase 40 mortes causadas por complicações com a doença. Diminuímos a incidência do mosquito, e obviamente reduzimos os casos. São Paulo é o Estado com mais casos, mas também é o mais populoso. Só para se ter ideia, em Minas Gerais foram registradas mais de 180 óbitos por dengue”, informa Bernardo Cardoso.

Chikungunya – Já o vírus Chikungunya também está controlado, e não há registros de transmissões ocorridas dentro do Estado. “Nossa preocupação com esse vírus é semelhante à que temos com a dengue. Para ambas as doenças o tratamento é apenas paliativo, de suporte e de correção de sequelas, então é preciso diminuir a incidência do mosquito transmissor”, diz o diretor de Endemias da Sespa.


Dos 60 casos notificados do vírus, apenas 16 foram confirmados. “Nenhum evoluiu para casos graves, e todos foram transmitidos fora do Estado, na Guiana, Caribe e Oiapoque. Os casos se concentraram na Região Metropolitana de Belém”, revela. A febre Chikungunya é causada por um vírus do gênero Alphavirus e transmitida por mosquitos do gênero Aedes. Os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue – febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema – e costumam durar de três a dez dias.

Gabriela Azevedo
Secretaria de Estado de Comunicação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 12/01/2015 18:39:00


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