Parque Tapajós vai fomentar produção de conhecimento e tecnologia no oeste do Pará

Eron Bezerra visitou laboratórios da Ufopa ao lado de Alex Fiúza.
Foto: Alailson Muniz
Um dos maiores desafios do Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós será transformar o conhecimento sobre a biodiversidade amazônica em riqueza concreta: geração de renda, empregos e desenvolvimento econômico. A leitura é feita pelo secretário de Inovação do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Eron Bezerra. Ele está em Santarém para discutir as diretrizes de implantação do Parque Tecnológico do Tapajós dentro da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).

Na tarde desta segunda-feira, Eron Bezerra reuniu-se com Alex Fiúza de Mello, titular da Secretaria de Estado de Ciência de Tecnologia (Sectec), com a professora doutora Raimunda Monteiro, reitora da Ufopa, e com vários professores e pesquisadores da instituição de ensino superior.

A visita do representante do MCTI é fruto de um convite do secretário Alex Fiúza. Após algumas horas de reunião, Eron Bezerra conheceu o local onde será implantado o Parque Tecnológico do Tapajós e visitou alguns laboratórios que já estão em pleno funcionamento. Ele informou que o Parque será um dos três que o Governo Federal pretende implantar na Amazônia ainda este ano.

“A minha secretaria tem como objetivo a coordenação e estímulo dos Parques Tecnológicos no Brasil. Temos hoje cerca de 90. Lamentavelmente, muitos concentrados no Sul e Sudeste do país. Quero inverter isso. Tanto que esse ano vamos articular três Parques na Amazônia: um no Acre, outro em Manaus e o terceiro em Santarém”, informou Bezerra.

O secretário ficou satisfeito com o que viu em Santarém e disse que desenvolver tecnologia sobre a biodiversidade amazônica é um desafio. Ele ressaltou que a estrutura física está bem adiantada e que vai possibilitar que a maior parte dos investimentos sejam direcionados para outros eixos, como bolsas de pesquisas e compras de equipamentos.

“Agradou-me muito o que eu vi. Corresponde à ideia que eu tenho de Parque, estamos redesenhando esse projeto. Na visão geral, o Parque é um prédio com um monte de empresas incubadas dentro, mas não é só isso. Tem que ser principalmente um ambiente de conhecimento, de produção de conhecimento, ter equipamentos e ter inteligência humana capaz de responder aos desafios que a sociedade impõe. Desenvolver tecnologia na área da biodiversidade amazônica é um grande desafio. Como transformar essa biodiversidade em riqueza material concreta para gerar emprego, educação e desenvolvimento para nossa região?”, questionou Bezerra, acrescentando que já aportou recursos para este ano junto ao MCTI para a implantação do Parque da Ufopa. 

O secretário Alex Fiúza de Mello endossou a fala do representante do MCTI. Para Fiúza, a produção de conhecimento tem que caminhar junto com o desenvolvimento local. “Claro que esse trabalho tem que ser feito onde exista inteligência, universidade, com formação de interesse de empreendedores que queiram usar esse conhecimento para fazer crescer a cadeia produtiva de seus negócios. Aqui temos como exemplo a cadeia de reprodução animal, piscicultura, fitoterápicos, etc. A Ufopa é a principal instituição de pesquisa, mas sem prejuízos a outras que queiram somar. Eron Bezerra veio a nosso convite para conhecer a realidade da Ufopa e poder oferecer investimento para compra de equipamentos. Queremos que a Ufopa possa entrar numa era de melhoria de negócios de oportunidade de novas frentes. Está dentro do que o Governo do estado planeja para a região”, argumentou Fiúza.

O Parque Tapajós está orçado em R$ 50 milhões. Ele deve ser um espaço que abrigue pequenas e médias empresas de base tecnológica, além dos departamentos de pesquisa e desenvolvimento de empresas maiores. Mas, também, irá dinamizar pesquisas de olho nas cadeias produtivas locais.

À noite, os dois secretários e a reitora Raimunda Monteiro participaram de uma reunião de trabalho no Campus Amazônia da Ufopa, onde pesquisadores que atuam em projetos com potencial de inovação puderam fazer questionamentos e sugerir ideias.

Alailson Muniz

Secretaria de Estado de Comunicação

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