Belterra vai receber Museu de Ciências da Amazônia. |
Em 1934, a Companhia Ford fundou a vila de Belterra,
inaugurando um ambicioso projeto de tornar a região um polo produtor de
borracha. Os planos do empresário Henry Ford fracassaram, mas boa parte do
patrimônio arquitetônico do lugar foi preservado. Mais de oitenta anos depois,
o governo do Estado, o BNDES, a Prefeitura de Belterra e a Organização de
Desenvolvimento Cultural e Preservação Ambiental (AmaBrasil) darão um novo uso
à antiga vila americana, por meio da implantação do Museu de Ciências da Amazônia.
Uma solenidade a ser realizada no dia 14 de julho, no centro histórico de
Belterra, marcará o início das obras.
A iniciativa envolve a restauração do antigo hospital Henry
Ford, do alojamento da Embrapa, das duas caixas d'água, da casa construída para
que Ford morasse, e ainda o inventário da fauna e flora da região, o projeto
museológico, o abastecimento de água e o esgotamento sanitário do município. O
investimento será de cerca de R$ 15 milhões, sendo R$ 4,3 milhões em recursos
próprios do governo do Estado.
O Museu está idealizado para ser um espaço interativo, tecnológico e dinâmico focado nas riquezas naturais da Floresta Amazônica, com destaque para a Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, importante área de preservação localizada nos limites dos municípios de Belterra, Aveiro, Placas e Ruropólis. Entre os eixos de ação prioritários estão a educação ambiental, a economia verde e a pesquisa em torno da biodiversidade local.
Sediado no antigo Hospital, o Museu de Ciências contará com
exposições interativas, tour virtual, laboratórios para pesquisa básica,
coleção zoológica e locais apropriados para exibição de vídeos e oficinas
culturais. O patrimônio histórico restaurado servirá de base, também, para
hospedagem de pesquisadores e turistas interessados em conhecer as riquezas
culturais e naturais desta parte da Amazônia. A previsão é de que o Museu entre
em operação em 2018.
Por Ana Carolina Pimenta
Agência Pará
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