A Associação Brasileira das
Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) recomenda que o governo federal promova o
constante aperfeiçoamento do sistema de monitoramento por satélite do
desmatamento no bioma Amazônia, operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe). O uso de imagens de satélite é uma ferramenta ágil e preciosa
para ações de prevenção e fiscalização de desmatamentos ilegais, essencial para
melhorar a governança ambiental.
Investimentos no Inpe - Para a
Abiove, o valor recém anunciado pelo Ministério do Meio Ambiente de R$ 78,5
milhões para a contratação de serviços privados de monitoramento deveria ser
investido no Inpe, de forma a fortalecer a sua estrutura e a sua equipe de
profissionais respeitada internacionalmente.
“Ao longo de quase 30 anos de
monitoramentos, o Inpe conquistou
credibilidade internacional, e o seu quadro de especialistas altamente
capacitados poderá desenvolver novos sistemas de que o MMA necessite”, diz
Carlo Lovatelli, presidente da Abiove.
Cultivo de soja - A Moratória da Soja, criada em 2006 pela Abiove e
pela Anec (Associação Nacional de Exportadores de Cereais), que envolve também
a sociedade civil e o governo, baseia-se em dados fornecidos pelo Prodes
(Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites) do Inpe para
monitorar o desmatamento no bioma Amazônia relacionado ao cultivo de soja. A
Abiove somente aceita utilizar, para efeito de monitoramento do desmatamento,
dados oficiais do Inpe e do IBGE (lista de municípios monitorados pela
Moratória da Soja).
A visão de que o Inpe tem plena
capacidade técnica para fornecer dados confiáveis sobre desmatamento dos biomas
brasileiros é compartilhada por diversos especialistas da área de
sustentabilidade e geoprocessamento. Em um momento de escassez de recursos
públicos e de austeridade nos gastos do governo, é necessário aproveitar a
excelência dos pesquisadores do Inpe e evitar duplicidade de esforços, avalia a
Abiove. (Fonte: SF Agro)
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