Floresta sendo destruída no Parque Nacional do Jamanxim. Foto: Arquém Alcântara |
Segundo ele, o peemedebista "se mostrou sensível" ao apelo da
pasta diante de modificações realizadas nas propostas durante tramitação no
Congresso Nacional. "Eu acredito firmemente que, no momento adequado, ele
vai estabelecer vetos", disse o ministro.
Em maio, a Câmara dos Deputados aprovou iniciativa enviada pelo próprio
presidente que alterou os limites da Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará.
No texto substitutivo, uma emenda diminuiu ainda mais a área de
proteção de 1,3 milhão para 561 mil hectares. A proposta original retirava 305
mil hectares, o equivalente a quase duas cidades de São Paulo.
Na mesma noite, foi aprovada modificação em outra medida provisória,
alterando área de proteção ambiental também no Pará para a construção de
estrada de ferro próxima à BR-163.
A mudança na Floresta Nacional do Jamanxim foi criticada por
ambientalistas e contraria relatório de 2009 do ICMBio (Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade), segundo o qual apenas uma área de 35 mil
hectares deveria ser excluída da floresta.
A Floresta do Jamanxim é a unidade de conservação com o maior
incremento de desmatamento do país. A área de influência da rodovia concentra
70% dos novos desmates da Amazônia Legal.
A unidade tem registrado episódios de violência relacionados à madeira
e ao garimpo. Em junho, um policial militar foi morto a tiros quando
participava de uma operação do Ibama contra madeireiros. (Folha Prees/DF)
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