Médico e duas mulheres são presos acusados de pedofilia

A Polícia Civil prendeu, nesta segunda-feira, 3, quatro pessoas acusadas de envolvimento em um esquema de pornografia infantil, estupro de vulnerável e pedofilia em cumprimento a mandados de prisão preventiva, em Santarém, oeste paraense. Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão por policiais civis da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e Adolescente (DEACA), unidade vinculada ao Propaz de Santarém. As prisões são resultados da operação "Anjos da Guarda" realizada a partir de investigações policiais e provas dos crimes praticados pelos presos. Dentre os presos, dois tiveram mandados de prisão cumpridos pela Polícia Civil. O médico Alvaro Magalhães Cardoso, 36 anos, e Odete Friss Ebertz, 33, são acusados de estupro de vulnerável e de produzir, registrar e enviar fotos pornográficas de crianças.
Defesa: Alvaro disse que só vai falar em juízo.
Foto: Facebook

Foi preso também, durante a operação, o músico Sandro Moreth Silva, conhecido por Sandro Tambaqui, que teve sentença condenatória decretada pela Justiça por crime de estupro de vulnerável de um processo iniciado em 2011. Segundo a delegada Adriene Pessoa, da DEACA de Santarém, a equipe policial tentou prender o cantor no último dia 18 de maio, mas, na ocasião, ele fugiu.

Outra pessoa presa foi Darliane Silva dos Santos, 26, que foi presa em flagrante pelo crime de oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, previsto no artigo 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Na casa dela, foram apreendidos dispositivos eletrônicos nos quais constam imagens de crianças e adolescentes vítimas de crimes sexuais. "O material apreendido demonstra a materialidade do delito de estupro de vulnerável", explica a delegada. As investigações demonstraram que ela praticava atos diversos de conjunção carnal com uma criança de três anos. Já Odete e Alvaro são apontados como responsáveis em praticar atos libidinosos diversos da conjunção carnal com uma criança de três meses.

A operação foi coordenada pela delegada Adriene Pessoa e pelo delegado José Castro. Ao longo dos depoimentos, explica a delegada, as presas Darliane e Odete confessaram as práticas criminosas com as vítimas. "Além de gravarem, elas compartilharam e armazenaram imagens dos atos sexuais", detalha a delegada. Segundo a policial civil, o médico Alvaro era quem incitava as mulheres a realizar os atos sexuais com as vítimas. Em depoimento, o médico manteve-se em silêncio e resguardou-se ao direito de se manifestar apenas na Justiça.


Com informações da Polícia Civil

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