Em Santarém, a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual
deflagraram na manhã desta terça-feira (21) a operação “Apate”, relacionada a
denúncias de diplomas falsos de servidores da Secretaria Municipal de Educação.
Ao longo desta terça-feira foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão,
três de prisões temporárias e nove medidas cautelares. A ação é em combate a
crimes contra a administração pública, incluindo corrupção, associação
criminosa e falsificação de documento público.Três mulheres, ex-servidoras da
Semed, foram presas temporariamente e levadas para a 16ª Seccional de Polícia
Civil de Santarém. Os promotores de justiça de Santarém Lilian Braga e Rodrigo
Aquino participaram da operação, juntamente com o delegado de polícia civil
Kleidson Castro. “Todos os mandados cumpridos hoje foram decorrentes de ordem
judicial” ressaltou o promotor de justiça Rodrigo Aquino.
As investigações
iniciaram no mês de setembro, após denúncias que levaram à exoneração de nove
servidores lotados na Semed, por apresentaram diplomas de magistério falsos
para ingressar na rede municipal de ensino. Após a apuração interna da
secretaria, que constatou as denúncias, o MPPA de Santarém requisitou a
instauração de inquérito policial, e as investigações levaram à operação Apate,
que na mitologia grega, era um espírito que personificava o engano, o dolo e a
fraude. De acordo com a polícia civil, durante as investigações surgiram
evidências da existência de uma associação criminosa que atuava na secretaria
municipal de Educação, com a prática de venda de cargos públicos, mediante
utilização de documento falso.
Todos os documentos apreendidos serão periciados
e as investigações continuam. “A preocupação do MP hoje é que a secretaria
municipal de Educação é responsável pela educação de crianças em nosso
município. E há servidores que podem estar envolvidos em fraude, por isso
continuamos a investigar”, disse a promotora de Justiça Lilian Braga. “O que me
chamou atenção nesse esquema foi a audácia e a falsa impressão da impunidade
das pessoas que levaram esse plano criminoso à frente a ponto de colocar em
risco a educação de crianças que, como sabemos, essa educação é a base do nosso
país. Colocar pessoas que se quer são qualificadas para educar aquelas
crianças, acredito e vejo como um fato muito grave”, concluiu o delegado
Castro.
Texto e Fotos: Lila Bemerguy/MPPA
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