Rômulo Brito, titular da 2ª Vara Criminal: oitiva. |
O primeiro réu a ser ouvido será o ex-vereador, que já fez
uma Colaboração Premiada (CP) no final do mês passado, quando confessou a
maioria dos crimes e se comprometeu devolver valores acima de um milhão de
reais, a partir da venda de um imóvel de sua propriedade. Esses valores deverão
ser aplicados na área da saúde do município, de acordo com pacto firmado entre
o MP, Prefeitura e Câmara Municipal, ao invés de serem devolvidos ao
Legislativo.
Réus - A gravação da CP realizada em janeiro será
apresentada durante a audiência pelos promotores de Justiça que atuam no caso,
Maria Raimunda da Silva Tavares, Rodrigo Aquino Silva e Lilian Regina Furtado
Braga. Além de Reginaldo, serão ouvidos, a partir desta segunda-feira, outros
27 réus no processo: Alcimar Reis Gomes, Andrew Oliveira da Silva, Andreza
Cristina Ribeiro Dias, Ardilene Cunha Lisboa, Edvanice Pedroso Fernandes, Elaine
Vitor do Amaral, Eli da Cruz Silva, Esequiel Aquino de Azevedo, Ester Vinente
Silva, Iana Socorro Benzaquem Guilherme, Ismael da Rocha Silva, Jaqueline
Pedroso de Almeida, João Gonzaga Pinto de Almeida, José Carlos Lima Lopes,
Leonardo Oliveira de Aguiar, Mara Cristiany Rodrigues Spinola, Maria do Socorro
Souza de Moura, Mário Francisco Fialho Cabral, Mary Glaucy Brito Chianca Neves,
Patrícia Norma Silva Costa, Pedro Valdinei Santos da Cunha, Raquel da Costa
Pinto, Roseane Francisca Maciel Ferreira, Samuel da Conceição Fernandes, Sarah
Campinas dos Santos de Oliveira, Vania Lúcia Fialho Cabral e Wilson Luiz
Gonçalves Lisboa.
O processo começou em agosto de 2017, quando várias pessoas
foram presas ou conduzidas coercitivamente. Agora, somente Reginaldo continua
preso, já que na semana passada, após o fim das oitivas das testemunhas, o juiz
Rômulo Brito soltou a ré Sarah Campinas, acusada de ser a ponte do esquema com
hospitais e atuar como servidora “fantasma” na Câmara. Ela encontra-se doente e
por falta de condições de assistência médica na penitenciária, foi liberada. O
mesmo ocorreu com o advogado Wilson Lisboa e o contador Andrew Silva, sendo que
este último também fez uma CP, que já está tendo impulsionando o desdobramento
de outras fases da Operação Perfuga. Uma parte da CP de Reginaldo, ainda em
sigilo, deve apontar outras pessoas a serem investigadas por fraudes na Câmara,
nos próximos meses.
A intenção do magistrado é encerrar, até o final de
fevereiro, os interrogatórios, para que em março comece a apresentação das
alegações finais de Acusação e Defesas, para em seguida ser dada a sentença.
Fonte: Coordenadoria de Imprensa/TJPA
Jota Ninos
Comentários