Simão Janete assina documento que vai permitir a expansão do serviço de hemodiálise. |
“Vamos passar dos 200 pacientes que hoje atendemos
mensalmente para 420, dobrando a capacidade de atendimento especializado. Serão
cerca de 2,5 mil sessões a mais de hemodiálise por mês. Além disso, começaremos
a fazer captação de rins de doadores falecidos, um novo serviço que se acopla
aos transplantes que já fazemos no hospital. A ampliação, portanto, é a solução
definitiva para o atendimento dessa demanda”, explicou o diretor geral do
Hospital Regional de Santarém, Hebert Moreschi. Esta semana, informou, a
unidade fez o 16º transplante de rim.
Ao chegar ao hospital para assinar a ordem de serviço que
autoriza o início das obras, Jatene viu o projeto de expansão e visitou o
centro de hemodiálise, onde conheceu mais sobre o serviço e conversou com
pacientes. “O ideal, é claro, seria que pudéssemos evitar, ainda na atenção
básica, que pacientes diabéticos, por exemplo, se tornassem renais crônicos,
mas como isso ainda não ocorre, existe esse serviço aqui para amenizar o
sofrimento de quem precisa de uma máquina de hemodiálise para sobreviver”,
afirmou o governador.
Quando Simão Jatene assumiu o governo, em 2003, o Estado
tinha apenas três hospitais de média e alta complexidade, e todos concentrados
em Belém – a Santa Casa, o Ophir Loyola (na época Hospital dos Servidores) e o
Hospital de Clínicas. Com a agenda que cumpre no oeste paraense nestes últimos
dois dias, o governador assegurou recursos para que mais duas unidades da
região, além do Regional de Santarém, passem a oferecer esse tipo de
atendimento, nas cidades de Óbidos e Alenquer. Até o fim de 2018, o Pará terá
26 hospitais regionais nas 12 regiões de integração.
“Quando anunciei o projeto dos hospitais regionais, muita
gente disse que isso era conversa de político, que levar esse tipo de
atendimento para o interior do Estado era impossível e que, se as unidades
fossem construídas, virariam elefantes brancos. Não só os hospitais regionais
paraenses são uma realidade hoje, como dois deles, o de Santarém e o Altamira,
estão entre os melhores hospitais públicos do Brasil”, destacou Simão Jatene.
Acolhimento
A qualidade do atendimento, que faz do Hospital Regional de
Santarém o mais premiado do Pará, pode ser comprovada em uma visita à unidade.
Pacientes recebem o melhor tratamento, dentro da política de humanização que
prevê, além do atendimento médico em si, o acompanhamento daquela vida
assistida. Na central de hemodiálise, inaugurada em 2008, a equipe composta por
cerca de 100 profissionais se esmera para acolher e oferecer, muitas vezes, o
alento diante de um tratamento que pode ser longo e se tornar agressivo.
“Aqui me sinto como se estivesse em família. Todos são muito
atenciosos e cuidadosos, desde o momento em que a gente chega à recepção até a
hora em que o enfermeiro nos coloca na máquina. Com certeza, dessa forma, é
menos doloroso ter que enfrentar essa situação”, atesta o pedreiro Francisco
Elisson Silva, 33 anos, que faz sessões de hemodiálise de quatro horas, três
vezes na semana. “Sem esse hospital, eu não estaria aqui de pé e não teria a esperança
de poder, um dia, fazer um transplante para poder retomar a minha vida”.
“Aqui fazemos o atendimento completo, desde a parte
ambulatorial até a terapia renal substitutiva. Essa é a terceira ampliação que
o serviço recebe, o que demonstra a visão do governo do Estado de investir cada
vez mais em serviços de saúde que são essenciais à população”, diz o
nefrologista Henrique Rebello, que faz parte da equipe do Hospital Regional de
Santarém. “O atendimento é altamente especializado e qualificado, seguindo as
normas, para oferecer ao paciente, de maneira completa, a assistência de que
ele precisa”.
Balanço
Em 2017, o Hospital Regional do Baixo Amazonas atingiu a
marca de 814.591 atendimentos, incluindo procedimentos cirúrgicos, internações,
consultas, exames e atendimentos de urgência e emergência. Moradores de 21
municípios do oeste do Pará foram beneficiados com diferentes serviços de
saúde. O total é 12% superior a 2016, quando foram realizados 728.754
atendimentos. No ano passado, a unidade fez 11 transplantes de rins, 12
captações de órgãos, as primeiras cirurgias bariátricas do oeste do Pará e a
primeira cirurgia cardíaca do interior do Estado. Os avanços significam maior
qualidade de vida para quem depende dos serviços de saúde
Em todo o Estado, o serviço de hemodiálise vem sendo
ampliado. Em Capanema, no nordeste paraense, 20 máquinas começaram a funcionar
em parceria com um hospital privado. Em Castanhal, na mesma região, foram
inauguradas recentemente 67 máquinas concentradas num espaço de grande porte. O
serviço será ampliado ainda em Abaetetuba. Tucuruí, no sudeste do Estado, terá
serviço de hemodiálise numa parceria com a Eletronorte. Esses investimentos
serão feitos ao longo do ano.
Agência Pará
Por Luiz Carlos Santos
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