TSE discute se réus como Lula podem se candidatar à Presidência

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) incluiu na pauta desta terça-feira (29) uma consulta sobre a possibilidade de um réu em ação penal na Justiça se candidatar à Presidência da República. O entendimento da corte pode afetar a candidatura de dois pré-candidatos: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atualmente preso, e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL).

A consulta foi apresentada ao TSE pelo deputado Marcos Rogério (DEM) e não tem relação com a Lei da Ficha Limpa.

Sorteado como relator do caso, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho decidiu, a princípio, não seguir com o processo por entender que consultas não podem tratar de casos específicos — como no caso de Lula e Bolsonaro. No entanto, a Procuradoria Geral Eleitoral recorreu e o fez reavaliar a situação.

Em 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou um julgamento para decidir se presidentes da Câmara, do Senado e da própria Suprema Corte poderiam substituir o presidente caso estivessem no banco dos réus. Embora a maioria tenha se manifestado contra, o julgamento não foi concluído pois, em oportunidades distintas, os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes pediram vista para o processo.

No caso da discussão desta terça, o TSE avaliará, primeiro, se julga ou não o processo. Somente após a aprovação da maioria é que a consulta será respondida.

O ex-presidente Lula, condenado há 12 anos e um mês de prisão pelo caso do tríplex do Guarujá, cumpre sentença na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba desde abril. O petista também responde a outras cinco açōes penais derivadas de investigaçōes da Operação Lava Jato.


Bolsonaro é réu em duas açōes que tramitam no STF: ele é acusado de injúria e apologia a violência por ofensas dirigidas à deputada federal Maria do Rosário (PT), em 2014, e susposta incitação a estupro.


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