ADUFPA decide continuidade da greve em Assembléia

Por maioria absoluta, os professores da UFPA decidiram pela manutenção da paralisação e repudiaram o que chamam de cerceamento da liberdade de expressão por parte do Reitor Alex Fiúza.
Por Alailson Muniz

Mais de duzentos professores sindicalizados na Associação dos Docentes da Universidade Federal do Pará (Adufpa) reuniram na última Sexta-feira, dia 02, para decidir pela continuação do movimento grevista na universidade.
Os docentes também deliberaram por repudiar a tentativa do Ministério Público Federal de acabar com a greve dos professores universitários o que, na avaliação dos professores, representa uma afronta ao direito de greve dos servidores públicos federais (garantida constitucionalmente) por um órgão que deveria exercer o papel de fiscal da lei.
A assembléia aprovou uma MOÇÃO DE REPÚDIO ao reitor da UFPA, profº Alex Fiuza de Mello, pela criminalização e tentativas de coerção do movimento docente, ao convocar o CONSUN (Conselho Superior Universitário) para deliberar sobre o retorno ou não do segundo semestre letivo. Os docentes se posicionaram, ainda, contrários a decisão do CONSUN de realizar consulta eletrônica para decidir sobre a retomada do 2º semestre de 2005. A Assembléia aprovou a não participação da categoria na Consulta Eletrônica a ser feita pela administração superior e delegou ao CLG (Comando local de Greve) a elaboração de um documento a ser encaminhado ao Reitor e aos Conselheiros do CONSUN marcando a posição contrária da categoria à Consulta Eletrônica, por considerar ser uma afronta à democracia do movimento docente e que somente a Assembléia da categoria tem legitimidade para decidir pela continuidade ou encerramento da greve.
Os docentes também se posicionaram contra o CERCEAMENTO DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO da categoria na imprensa institucional da UFPA (Divulga UFPA) e no Jornal "Diário do Pará" que têm publicado artigos do reitor da UFPA criminalizando o Movimento Docente e se negam a publicar as respostas do Comando Local de Greve.
Por fim, os professores reafirmaram a necessidade de exigirem resposta ao Reitor acerca da pauta local de reivindicações, apresentada no início da greve e que até o momento tem sido ignorada pela administração superior.

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