Em O Liberal:
Primeiro governador a ser eleito três vezes para governar o Pará, Simão Jatene (PSDB) atribuiu a vitória à comparação entre os dois candidatos, perceptível no modo de fazer política, no desempenho nos debates eleitorais e no posicionamento frente aos anseios emancipatórios de regiões paraenses. Ele agradeceu a vitória a Deus e ao povo do Pará, em entrevista coletiva, no comitê eleitoral, ontem à noite, logo após a apuração dos votos do segundo turno das eleições 2014. Os eleitores foram às ruas agitar bandeiras amarelas. O comitê ficou lotado de correligionários. Cerca de 8 mil apoiadores de Jatene comemoraram a vitória na Doca de Souza Franco, conforme estimativa da Polícia Militar.
“A manifestação que vivemos neste dia, expressa o que foi a campanha eleitoral. Agradeço o abraço fraterno de cada um, a solidariedade de tantos, o gesto carinhoso que recebi nos quatro cantos deste Estado. Eu disse durante toda a campanha, que esta campanha representava mais do que a eleição de um governador, mas uma disputa que, sem dúvida, entra para a história. Eu acho que, mais do que simplesmente o voto no 45 ou no Jatene, tivemos nesta eleição o voto do povo do Pará majoritariamente a favor do modo de fazer política que abomina a violência, rejeita o vale-tudo, que não aceita que a ideia velha e ultrapassada de repetir mentiras tenha o condão de transformar essas mentiras em verdades”, criticou o governador reeleito.
No primeiro turno, Jatene, que teve 48% dos votos válidos, avaliou que a virada se deu no mau desempenho do adversário nos debates eleitorais e também no fato dele ter “instigado” a divisão do território paraense. “Isso foi outro tiro no pé.” Ainda, ponderou que Helder “não teve o que mostrar e também não teve como se esconder” da observação dos eleitores. “Não tem a história de tentar maquiar, de se esconder atrás de outro candidato que se presta a esse tipo de coisa e aí a verdade vêm à tona. Muito mais do que a vitória do Jatene e do 45, é a vitória de um povo que acredita que é possível fazer política com qualidade. Aqueles que imaginam que mais vale ser esperto do que ser sábio, que reflitam sobre isso e passem a ter outro tratamento com a coisa pública e com a sociedade.”
Sobre a derrota de Aécio Neves à Presidência da República, Jatene disse que Aécio foi “vitorioso” pelo desempenho que obteve nas urnas. “O Aécio tem a maturidade de compreender que seria uma ingenuidade achar que esses votos todos se cristalizam nas pessoas, mas as pessoas cristalizam as ideias e as causas. Aécio, caboclo, você é um vencedor. Agora é unificar de fato, cada vez mais o Brasil para construir as bases de um passo mais largo para uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais feliz.”
Ele disse que o PSDB também sai fortalecido do processo eleitoral: “O Brasil não é o mesmo, após esta eleição. Ninguém se imagine capaz de representar esse país na complexidade que tem. Ninguém se imagine dono da vontade popular. O que nos leva à reflexão da crise de representatividade e de valores que o Brasil vive. Terá que ser enfrentada de outro modo agora. Acredito que o PSDB tem um papel importante nisso.”
Jatene lembrou que não será novidade lidar com o governo federal sendo chefiado por partido da oposição e assegurou que manterá uma relação respeitosa. No entanto, reafirmou a preocupação de que o Pará passe a ser valorizado adequadamente no histórico de importantes contribuições ao desenvolvimento do País. “Essa contribuição, lamentavelmente, não tem tido o reconhecimento por parte do governo federal. É fundamental que isso se reveja. A única forma legítima, justa e correta do Pará contribuir para o desenvolvimento brasileiro é, sem dúvida, através do seu próprio desenvolvimento. O Pará não pode ser o segundo maior saldo na balança comercial brasileira e ter indicadores sociais ainda tão precários e difíceis. Esse é um desafio. O Brasil jamais será moderno e contemporâneo, enquanto Estados como o Pará e outros ainda tiverem indicadores tão precários. É inaceitável. O Pará não pode contribuir para o desenvolvimento brasileiro e de determinados grupos econômicos através da pobreza da sua gente.”
MUDANÇAS
Perguntado sobre mudanças no governo do Estado, Jatene disse que “precisa avaliar acertos e erros” para “reconstruir e rediscutir a estrutura organizacional do Estado”, o que será mais fácil no segundo mandato. Com a base aliada ampliada na Assembleia Legislativa, ele afirmou que manterá a “relação franca e fraterna em torno das grandes causas do Estado” com os deputados. E reafirmou a integnção de descentralizar a gestão por meio da implantação dos Centros Regionais de Governo: “Esse não é um trabalho de agora. O primeiro esforço foi no primeiro governo, quando se implantou os hospitais regionais de média e alta complexidade, que trouxeram um avanço grande. Redenção, que há alguns anos, sequer tinha hospital de média e alta complexidade, hoje faz transplante renal. Em Santarém, que também não tinha média e alta, hoje faz tratamento oncológico e fez cirurgia que poucas vezes é realizada no país, devido ao custo financeiro e à complexidade, que é a implantação de marcapasso diafragmático. Essa visão de agir regionalmente não é novidade, vamos intensificar isso agora.”
Primeiro governador a ser eleito três vezes para governar o Pará, Simão Jatene (PSDB) atribuiu a vitória à comparação entre os dois candidatos, perceptível no modo de fazer política, no desempenho nos debates eleitorais e no posicionamento frente aos anseios emancipatórios de regiões paraenses. Ele agradeceu a vitória a Deus e ao povo do Pará, em entrevista coletiva, no comitê eleitoral, ontem à noite, logo após a apuração dos votos do segundo turno das eleições 2014. Os eleitores foram às ruas agitar bandeiras amarelas. O comitê ficou lotado de correligionários. Cerca de 8 mil apoiadores de Jatene comemoraram a vitória na Doca de Souza Franco, conforme estimativa da Polícia Militar.
“A manifestação que vivemos neste dia, expressa o que foi a campanha eleitoral. Agradeço o abraço fraterno de cada um, a solidariedade de tantos, o gesto carinhoso que recebi nos quatro cantos deste Estado. Eu disse durante toda a campanha, que esta campanha representava mais do que a eleição de um governador, mas uma disputa que, sem dúvida, entra para a história. Eu acho que, mais do que simplesmente o voto no 45 ou no Jatene, tivemos nesta eleição o voto do povo do Pará majoritariamente a favor do modo de fazer política que abomina a violência, rejeita o vale-tudo, que não aceita que a ideia velha e ultrapassada de repetir mentiras tenha o condão de transformar essas mentiras em verdades”, criticou o governador reeleito.
No primeiro turno, Jatene, que teve 48% dos votos válidos, avaliou que a virada se deu no mau desempenho do adversário nos debates eleitorais e também no fato dele ter “instigado” a divisão do território paraense. “Isso foi outro tiro no pé.” Ainda, ponderou que Helder “não teve o que mostrar e também não teve como se esconder” da observação dos eleitores. “Não tem a história de tentar maquiar, de se esconder atrás de outro candidato que se presta a esse tipo de coisa e aí a verdade vêm à tona. Muito mais do que a vitória do Jatene e do 45, é a vitória de um povo que acredita que é possível fazer política com qualidade. Aqueles que imaginam que mais vale ser esperto do que ser sábio, que reflitam sobre isso e passem a ter outro tratamento com a coisa pública e com a sociedade.”
Sobre a derrota de Aécio Neves à Presidência da República, Jatene disse que Aécio foi “vitorioso” pelo desempenho que obteve nas urnas. “O Aécio tem a maturidade de compreender que seria uma ingenuidade achar que esses votos todos se cristalizam nas pessoas, mas as pessoas cristalizam as ideias e as causas. Aécio, caboclo, você é um vencedor. Agora é unificar de fato, cada vez mais o Brasil para construir as bases de um passo mais largo para uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais feliz.”
Ele disse que o PSDB também sai fortalecido do processo eleitoral: “O Brasil não é o mesmo, após esta eleição. Ninguém se imagine capaz de representar esse país na complexidade que tem. Ninguém se imagine dono da vontade popular. O que nos leva à reflexão da crise de representatividade e de valores que o Brasil vive. Terá que ser enfrentada de outro modo agora. Acredito que o PSDB tem um papel importante nisso.”
Jatene lembrou que não será novidade lidar com o governo federal sendo chefiado por partido da oposição e assegurou que manterá uma relação respeitosa. No entanto, reafirmou a preocupação de que o Pará passe a ser valorizado adequadamente no histórico de importantes contribuições ao desenvolvimento do País. “Essa contribuição, lamentavelmente, não tem tido o reconhecimento por parte do governo federal. É fundamental que isso se reveja. A única forma legítima, justa e correta do Pará contribuir para o desenvolvimento brasileiro é, sem dúvida, através do seu próprio desenvolvimento. O Pará não pode ser o segundo maior saldo na balança comercial brasileira e ter indicadores sociais ainda tão precários e difíceis. Esse é um desafio. O Brasil jamais será moderno e contemporâneo, enquanto Estados como o Pará e outros ainda tiverem indicadores tão precários. É inaceitável. O Pará não pode contribuir para o desenvolvimento brasileiro e de determinados grupos econômicos através da pobreza da sua gente.”
MUDANÇAS
Perguntado sobre mudanças no governo do Estado, Jatene disse que “precisa avaliar acertos e erros” para “reconstruir e rediscutir a estrutura organizacional do Estado”, o que será mais fácil no segundo mandato. Com a base aliada ampliada na Assembleia Legislativa, ele afirmou que manterá a “relação franca e fraterna em torno das grandes causas do Estado” com os deputados. E reafirmou a integnção de descentralizar a gestão por meio da implantação dos Centros Regionais de Governo: “Esse não é um trabalho de agora. O primeiro esforço foi no primeiro governo, quando se implantou os hospitais regionais de média e alta complexidade, que trouxeram um avanço grande. Redenção, que há alguns anos, sequer tinha hospital de média e alta complexidade, hoje faz transplante renal. Em Santarém, que também não tinha média e alta, hoje faz tratamento oncológico e fez cirurgia que poucas vezes é realizada no país, devido ao custo financeiro e à complexidade, que é a implantação de marcapasso diafragmático. Essa visão de agir regionalmente não é novidade, vamos intensificar isso agora.”
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