Hospitais vão apurar conduta do médico preso acusado de pedofilia

As unidades de saúde onde o médico Álvaro Magalhães Cardoso trabalha vão instaurar procedimento interno para apurar possíveis desvios de conduta durante os atendimentos dentro do ambiente de trabalho. Nenhuma das instituições recebeu denúncia contra o médico durante o tempo que ele exerceu suas funções. Álvaro Cardoso é acusado de pedofilia e estupro de vulnerável, entre outros crimes. Ele trabalhou no Hospital Municipal de Santarém, na Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA) e no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA).

O HRBA disse ainda que vai contribuir com as investigações feitas pela justiça. “Em relação ao episódio envolvendo o médico Álvaro Magalhães Cardoso, a direção do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) informa que está à disposição da Justiça para contribuir com a investigação. O hospital já instaurou um processo administrativo para apurar se houve desvio de conduta durante o seu período de atuação na unidade. A direção ressalta ainda que nunca recebeu denúncia, de qualquer tipo, contra o profissional, e aguarda o andamento das investigações para tomar as medidas cabíveis”, disse a direção do HRBA, por meio de nota.

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), responsável pelas outras unidades de saúde onde o médico trabalhava, também se manifestou por meio de nota oficial.

“A Semsa informa que já enviou ofício ao Hospital Municipal de Santarém (HMS) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA), solicitando a abertura de sindicância para apurar se houve conduta fora da ética médica cometida durante as atividades, pelo médico residente, Álvaro Cardoso, suspeito de envolvimento em casos de pedofilia. A Semsa lamenta o ocorrido e reforça que todas as medidas necessárias estão sendo adotadas para garantir a integridade de todos os usuários que procuram por atendimento”, disse a Sempsa.

O juiz Alexandre Rizz, que atua no caso, manteve a preventiva do médico que está custodiado na Central de Triagem de Santarém, no complexo penitenciário do Cucurunã. Por questões de segurança, o acusado deve ser transferido para uma cela especial ou no Corpo de Bombeiros ou no Quartel da Polícia Militar.

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