Motoristas do Uber festejam a aprovação do Projeto. |
O Senado aprovou na noite de hoje (31) o projeto que
regulamenta o uso dos aplicativos de transporte no país como Uber, Cabify e 99.
Os senadores aprovaram o texto que veio da Câmara com duas principais
alterações: retiraram a exigência da chamada placa vermelha e a obrigatoriedade
de que os motoristas sejam proprietários dos veículos que utilizarem para a
comercialização do serviço.
Como foi alterada, a proposta precisa agora ser apreciada
novamente pelos deputados. Na votação, os parlamentares aprovaram duas emendas
acolhidas pelo relator, senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), e rejeitaram outras
sugestões de alteração do texto, como a que limitava a 5% o valor cobrado pelas
empresas aos motoristas de aplicativos. O texto-base do projeto foi aprovado
por 46 votos favoráveis, 10 contrários e uma abstenção. As demais votações
foram feitas de forma simbólica, o que gerou confusões e discordâncias em
plenário sobre o procedimento conduzido pelo presidente Eunício Oliveira
(PMDB-CE).
Tensão
Durante a discussão do projeto, protestos na Esplanada dos
Ministérios ao longo da tarde reuniram 3 mil pessoas, entre taxistas e
motoristas de aplicativos. Duas confusões foram registradas pelas forças de
segurança, que chegaram a reter o trânsito por alguns minutos. Em uma delas, os
taxistas que se dirigiam em direção aos motoristas de aplicativos foram
contidos com spray de pimenta pela Polícia Militar, que prendeu um motorista
por desacato.
Dentro do Congresso, o clima também ficou tenso. Em um dos
corredores do Senado, o diretor de comunicação da empresa Uber, Fabio Sabba, foi
agredido com um tapa no rosto enquanto concedia entrevista a um jornalista. Por
meio de nota, a Uber repudiou o episódio e informou que o funcionário passa bem
e registrou boletim de ocorrência na delegacia do Senado. "A Uber
considera inaceitável o uso de violência. Acreditamos que qualquer conflito
deve ser administrado pelo debate de ideias entre todas as partes",
afirmou.
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